quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Carta ao Luverdense

O que se espera de um time de futebol, no início de um campeonato, é no mínimo comprometimento com grupo que representa, seus patrocinadores e, principalmente, com a torcida. De nada adianta vestir uniforme, calçar chuteiras, entrar em campo e não dizer a que veio. É preciso ser aguerrido, preparado, disposto, incansável, voraz e corajoso para se manter um escudo sobre o peito.

Iniciar um campeonato de forma apática, sem compromisso, simplesmente cumprindo obrigação, é desrespeito, ironia e falta de vergonha. O primeiro jogo tem que ser levado como a decisão, pois como bem dizem “a primeira impressão é a que fica”. Erros hão de acontecer, por cansaço, falta de treinamento, indisposição física – ainda que imperdoável, mas... Agora, passear em campo, assistir o jogo de dentro dele e deixar o tempo correr ao sabor do vento... isso não dá. Principalmente jogando em casa! Cadê o profissionalismo, o amor à camisa, o respeito ao torcedor?

Pior ainda é chegar ao segundo jogo, na casa do adversário, e novamente ser apenas coadjuvante. Campeonatos estaduais são vitrines para times, jogadores, mas, sobretudo, para a região, o município representado por cada equipe. É preciso chegar ao campo do oponente como um soldado: disposto a enfrentar e vencer a batalha. Futebol é isso: sangue, suor e lágrimas choradas de cansaço por ter lutado até o fim.

É certo que os campeonatos estaduais estão apenas começando, mas é preciso lembrar que cada passo é um degrau rumo ao topo do pódio. Que os erros de hoje podem representar um medíocre lugar na tabela e jogar por terra todo o empenho da diretoria, dos patrocinadores e da torcida durante todo um campeonato. É preciso ter atenção, amor, mostrar técnica, qualidade e emoção. Jogar na ponta dos cascos com cuidado, destreza, ambição e certeza de que se é capaz de chegar à última partida como favorito presenteando todos aqueles que fizeram parte da escalada com a faixa de campeão.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Show Safra 2010


Mais uma vez vimos que a força do trabalho constrói o desenvolvimento econômico de uma região. Quem visitou o Show Safra 2010, pôde perceber que o incentivo à pesquisa e a eficiência de ações empreendedoras podem sim movimentar a estrutura organizacional de um município. Em dois dias de evento muita sinergia, pró-atividade, informação e desenvolvimento tecnológico.
Multinacionais e empresas 100% brasileiras demonstraram que é possível tocar uma lavoura com apoio da biotecnologia, dos produtos híbridos, transgênicos, sem oferecer riscos nem ao produtor nem ao consumidor final de grãos como arroz, soja e milho. A mudança genética dos grãos deixou de ser um “bicho papão” para ser sinônimo de produtividade e geração de riquezas.

A Aprosoja, juntamente com a Fundação Rio Verde, reafirmou a importância da pesquisa no desenvolvimento de produtos resistentes a pragas, de maior produtividade e versáteis a diferentes tipos de solos e climas. Mais um exemplo de que a educação científica rompe barreiras com a mesma velocidade que a internet interliga o mundo. Portanto, é preciso ficar atento à importância da educação e da especialização da mão-de-obra também nas regiões agrícolas.

Outro fator que chamou a atenção foi a discussão sobre as possibilidade de colheita, armazenagem e comercialização dos grãos. De nada adianta abrir novas áreas de cultivo, investir em tecnologias sustentáveis e em produtividade sem um planejamento para armazenagem e comercialização agrícola. Os governos precisam dar condições de investimento para que os produtores construam novos armazéns para evitar que o atraso, por exemplo, na venda do milho estocado inviabilize o estoque da soja que vai ser colhida em fevereiro. O conjunto iniciativa privada/governos precisa encontrar caminhos para o escoamento da produção tendo como meta logística a exportação por meios férreos ou marítimos. O que, seguramente, reafirma a posição do Brasil como celeiro mundial.

O Movimento Pró-Lojistica mostrou que a interação social é cabo de guerra para a cobrança de medidas firmes que resolvam o problema. Através de ações junto ao Congresso Nacional e ao Estado conseguiu o empenho para escoamento da safra via Porto de Santarém, no Pará, a 600 quilômetros da divisa com Mato Grosso. Um sonho antigo dos produtores que começa a sair do papel com a reforma da BR 163, e que, segundo o deputado estadual Otaviano Pivetta, também presente ao evento, deve funcionar até 2011.

Em resumo, o Show Safra 2010 serviu de alerta para que governos e sociedade civil encontrem juntos, saídas para o desenvolvimento econômico de Lucas do Rio Verde e, em conseqüência, de toda a região.