segunda-feira, 21 de junho de 2010

Precisamos do mesmo do COTAR?

A sensação de segurança aumentou em Lucas? Uma pergunta difícil de se responder. Será que a simples visita feita por policiais do Comando de Operações Táticas de Alto Risco, o Cotar, é o suficiente para que a população possa andar pelas ruas ou se manter em casa sem medo? Será que um patrulhamento que por sete dias apreendeu apenas suspeitos, bicicletas, cachimbos para fumar droga e duas ou três cabecinhas de pasta base de cocaína possa ter tirado das mentes dos luverdenses a certeza de que a impunidade está no ar?

Não sabemos a respostas, mas suspeitamos que a população ainda tenha medo de passear pelas ruas do bairro Rio Verde e ser parada em falsos pedágios montados por bandidos que cobram R$ 5, R$ 10 para que o cidadão tenha o “direito” de ir e vir até sua casa. Acreditamos que ninguém se sinta seguro sem as cercas elétricas que enfeitam seus muros e vislumbram uma falsa sensação de segurança. Que nenhum cidadão esteja certo de que pode abrir seus portões eletrônicos sem medo de que um bandido qualquer invada sua casa enquanto se guarda o carro.

O que a população precisa é de um policiamento ostensivo e firme. De patrulhas que rodem pelas ruas 24h por dia. De policiais que desçam do carro e abordem todos os suspeitos vistos à toa pelas ruas às tantas da madrugada. De um conselho tutelar que responsabilize os pais dos menores que perambulam nas ruas às altas horas. De um sistema prisional que se incumba de garantir acesso à informação para que os presos de hoje não voltem às ruas amanhã ainda na condição de bandidos.

Precisamos, ainda, do empenho da sociedade na educação de seus filhos; no retorno a velha educação que impõe valores, ética, respeito, senso de responsabilidade, noção de que o direito individual não se sobrepõe ao coletivo e a certeza de que cada um pode sempre fazer mais pelo outro.

Não podemos deixar que as autoridades decidam sozinhas por onde começar a resolver o problema. Precisamos estar unidos nesta luta. Ir às ruas, fazer reuniões comunitárias, cobrar atitudes corretivas dos poderes constituídos, mas sempre sugerindo soluções para que não pequemos no apontamento das críticas vazias.

Precisamos cuidar dos quatro cantos a todo tempo: frente, costas, direita e esquerda. Não esquecendo de ler as entrelinhas, olhar mais longe e prevê que tudo pode mudar se cada um fizer sua parte. Temos que, simplesmente, ter em mente a noção exata deque nossos melhores guarda-costas somos nós mesmos e que se não nos cuidarmos ninguém olhará por nós. Só assim, nos protegendo, educando nossos filhos, criando oportunidades e dando uma segunda chance ao outro, poderemos viver em segurança.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Menores no crime: uma escolha social


De quem é a responsabilidade por evitar o envolvimento de menores com o crime? Da sociedade, das polícias, do poder judiciário, do ministério público ou da própria família? Uma pergunta difícil de responder, já que cabe a toda sociedade organizada cuidar de seus meninos e meninas. A garantia de acesso a moradia, alimentação, educação, esporte, cultura, carinho, educação e respeito deve ser pactuada.

Os primeiros gestos, toques, palavras e cuidados que vão impregnar a mente da criança devem partir da família. São eles que vão determinar as regras de convívio e moldar o comportamento, a expressão e o respeito próprio e ao próximo. De nada adiantará dizer o que é certo ou errado se dentro de casa houver agressões verbais ou físicas. Se a prostituição do corpo ou das ideias forem comuns. Se a corrupção for a estratégia para o crescimento financeiro familiar. Se a banalização das instituições fizer parte do dia-a-dia.

Se quisermos evitar que nossos jovens encontrem no crime um meio de vida ou amparo social precisaremos resgatar a família, desenvolver a cidadania e a democracia social. Forjar o caráter na ética e na hombridade a fim de que estejam preparados para dizer não às ofertas vis que o mundo aponta. Perceber que as conversas e brincadeiras em família ou entre amigos entretém muito mais que programas de TV ou vídeos de origem duvidosa expostos nas mídias/redes sociais. Não há outra escolha: só a educação livra o homem do crime.

Neste contexto, também precisamos cobrar do estado que assuma suas responsabilidades e garanta educação formal, saúde, trabalho, poder de compra e segurança pública. Da sociedade, o acompanhamento constante dos atos praticados por seus representantes legitimamente eleitos e a denúncia de cada ato de corrupção.  Do ministério público que investigue as denúncias e as comunique ao judiciário que tem a obrigação de punir todo e qualquer infrator com o rigor da lei sem se importar com classe social, grau de parentesco, cor da pele ou nível de escolaridade.

Precisamos de um ambiente limpo, democrático, próspero e de oportunidades iguais para todos. Só assim será possível colocar ponto final na corrupção e no banditismo que têm assolado o país e nos deixado viver esta constante sensação impotência perante as injustiças sociais e à insegurança pública. A formação de trabalhadores é responsabilidade da família e do estado. A criação de delinquentes e bandidos também. Cabe a cada um de nós escolher o melhor método para definir a sociedade em que queremos viver.

Adeus, AUTORITARISMO!

Foi-se o tempo em que o relacionamento pessoal era o que menos importava na relação patrão x empregado. Aquelas tiradas do “eu mando e você obedece”, se foi. Ainda há espaço para a determinação de tarefas e a cobranças, mas a conversa direta e respeitosa deve pautar a fala. Ninguém está livre do estresse do dia-a-dia, da alteração de voz e da impostação medonha da imposição, mas o respeito não pode ser esquecido.

Não é porque um paga o salário que o outro deve calar-se ao ser desrespeitado profissionalmente. Empresas sérias lidam com profissionais gabaritados quando almejam o cumprimento de metas, portanto devem manter o respeito e o tratamento adequado a quem paga os salários. Afinal de contas, compram o serviço e não a alma e a dignidade do trabalhador.

É preciso lembrar que a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, está aí para determinar direitos e deveres das duas partes. Portanto, alegar desconhecimento é crime, mesmo porque a constituição deixa bem claro que a alegação de falta de conhecimento da lei não é bengala para o cometimento imprudente do atropelo à carta magna. Além disso, assédio moral é crime passível de severas punições.

Ninguém pode ser desmoralizado ou desmerecido sem que a atitude infeliz venha acompanhada, imediatamente, de retratação e do pedido de desculpas, mesmo que os pedidos não sejam aceitos pelo ofendido. Desculpar-se não é favor algum, mas obrigação social para com a vítima do desaforo.

Foi-se o tempo em que os funcionários tinham medo de recorrer à justiça trabalhista por ameaça de desemprego em outras empresas. O mercado esta ai, ávido e aberto aos bons profissionais. O conhecimento tem preço e é a melhor moeda de barganha no mercado formal de trabalho. Os bons sobrevivem e os medíocres se calam. Faça a sua escolha!