terça-feira, 27 de julho de 2010

Carta às autoridades de trânsito


O número de acidentes de trânsito em Lucas não pára de crescer. E um dos fatores concorrentes a este problema é a deficitária sinalização das ruas e avenidas. Há cerca de 60 dias, a cidade vem passando por intervenções para a cobertura por lama asfáltica em suas vias. O motivo é a conservação do pavimento decorrente da impermeabilização oferecida pelo produto. Mas que também, na contramão, traz o apagamento das faixas para pedestres e da pintura dos quebra-molas, por exemplo.

Além disso, em vários pontos as placas sinalizadoras estão encobertas por árvores e mato, o que impede a visão de motoristas, pedestres, ciclistas e motociclistas.

Já não é de hoje que se ouve falar da falta de luminosos, sinas de trânsito, ou ainda semáforos – como conhecidos os sinais de luz em várias capitais do país. Até hoje as autoridades municipais não deram explicações cabíveis que justifiquem a ausência deste facilitadores e reguladores de trânsito pela cidade. Sabemos que a manutenção dos semáforos é mais barata e duradoura do que a pintura do asfalto. Além disso, a sinalização é internacional e conhecida por qualquer leigo. Afinal de contas, todos sabem que a luz verde indica possibilidade de acesso; a amarela um chamado de atenção por que o acesso será interrompido em breve; e a vermelha PARE! Acesso fechado.

Por que então as autoridades continuam impedindo que esta tão proveitosa ferramenta seja utilizada? Será que as rotatórias espalhadas pela cidade, e que figuram nas estatísticas como locais onde mais ocorrem acidentes de trânsito, são mais proveitosas? Só nesta segunda-feira (26), dois acidentes na Avenida Mato Grosso, uma das principais vias de acesso do município, pararam o trânsito. Um na rotatória da Avenida Paraná e outro na rotatória da Avenida Rio Grande do Sul. Colisões que seriam facilmente evitadas pela sinalização luminosa.

No domingo, uma colisão na rotatória da mesma Mato Grosso, mas com a Avenida Bahia, tirou a vida de um trabalhador que teve a moto atingida por uma carro dirigido por menor. No mesmo local, há 90 dias, um jornalista sofreu duas fraturas expostas, na perna, no mesmo tipo de colisão. Além disso, trata-se de um local de acesso de pedestres e estudantes das escolas Dom Bosco, Anjo Gabriel e Olavo Bilac.

Até quando vamos esperar por providências simples como a sinalização luminosa do trânsito, pelo menos nas principais vias e cruzamentos? Pela pintura das faixas de pedestres, dos quebra-molas, das vagas para deficientes, das vagas para motos, etc. Quando será que vão descobrir as placas encobertas por mato e pelas folhas das árvores que não foram podadas pela prefeitura? Até quando? Até que ocorram mais acidentes e que morram mais pessoas no trânsito de Lucas? Responda quem for capaz!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Abertas as porteiras eleitorais


As eleições estão chegando. Hora de rever conceitos e repensar as funções que deverão ser exercidas pelos novos candidatos que querem representar a sociedade. Há que se lembrar que nesta época aparecem muitos políticos pára-quedistas; gente oportunista preocupada apenas em engordar seu gado, ampliar suas terras, encher seus bolsos.

Antes de fazer sua opção, tente lembrar em quem você votou nas últimas eleições. Você lembra o nome do candidato a senador escolhido há oito anos? Lembra se ele cumpriu pelo menos parte das promessas feitas em campanha? Se ele voltou até sua casa, seu clube, igreja ou praça para falar do andamento de seus projetos, para prestar conta de seus atos? Em outubro você tem a chance de eleger outros dois senadores que ficarão por mais oito anos recebendo salários pagos por toda a sociedade e que devem trabalhar pela mesma.

Procure, preliminarmente, investigar se seu candidato responde a algum processo judicial, seja na esfera civil ou criminal. Se ele tem a ficha limpa; se é um bom cidadão; se as pessoas têm queixa dele ou se avaliam seu trabalho como honesto e prestativo. Faça isso antes de escolher candidatos a deputado estadual, federal, senadores, governador e, principalmente, o presidente da república. Sua responsabilidade é grande, lembre-se disso. Faça escolhas conscientes agora para não chorar depois.

Atente para o fato das repentinas mudanças de partido. Lembre-se que no Brasil se tornou comum mudar de sigla para atender a interesses políticos, para facilitar a eleição ou para fazer parte do “mensalão” pago por algumas siglas. Partidos representam ideologias, linhas de pensamento, posicionamentos sociais, regras de conduta e perfis sócio-econômicos. Não são apenas letras bonitas e que fazem parte da moda, como por exemplo, PV, PT, PSOL.

Nas últimas eleições o PT – Partido dos Trabalhadores era a sigla da vez.
Representava a reafirmação da esquerda no poder puxada pela reeleição do presidente Lula. O PSOL – Partido Socialismo Liberdade, engrossado pelo coro dos descontentes com o “afrouxamento” do PT perante às políticas econômicas que chamavam de direitistas. Hoje, a sigla da vez é o PV – Partido Verde, já que todos estão “preocupados” em cuidar do planeta. Há muita gente escondida atrás da aprovação do Código Florestal Brasileiro. Fique de olho bem aberto para enxergar quem são os falsos “homens verdes”; eles vão aparecer em penca até outubro.

ATENÇÃO: seu voto, em outubro, vai determinar os rumos do país nos próximos quatro anos de forma imediata e, se pensando de forma pragmática, por até dez; levando-se em conta que muitos projetos só surtem efeitos favoráveis ou desastrosos quatro, cinco anos depois de serem aprovados. Não fique entusiasmado com promessas e apague-se às propostas concretas, palpáveis, executáveis.

Não queremos mais esperar pelo país do futuro, queremos viver o Brasil pujante do presente, de hoje, de oportunidades para todos, de desenvolvimento sócio-econômico. Não dá para esperar que o manhã seja bom; hoje tem que ser bom e amanhã melhor ainda. Já passamos dos 500. Crescemos, derrubamos a ditadura, conhecemos o governo de direita, de centro e as propostas esquerdistas implantadas nos últimos oito anos pelo governo federal. Já fomos ás ruas, fizemos piquetes, derrubamos presidentes, autarquias, fizemos greve, nos posicionamos como cidadãos. Experimentamos de tudo, agora estamos aptos a fazer a escolha certa. Só depende de nós.