terça-feira, 17 de agosto de 2010

Atenção: seu voto vale ouro!


Começou a corrida eleitoral. A partir de agora você vai receber a visita daqueles candidatos que nas últimas eleições vieram à sua casa pedir voto, mas que depois de eleitos nunca mais voltaram. São aqueles mesmos “cidadãos” que enfeitaram a cidade de placas, fizeram muito barulho com carros de som e foram à TV mostrar obras supostamente feitas por eles, mas que nem sempre tiveram seus apelos.

É hora, então, de rever seus critérios de escolha. Pensar se de fato vale à pena ouvir este sujeito, escutar novas propostas, promessas... Mas antes de tudo, faça uma auto-análise e descubra se você votou certo quando deu a ele a chance de chegar ao cargo que ocupa. Só depois decida se há verdade em seu discurso e se é possível mantê-lo no cargo.

Muitos de nós cometemos o erro de “esquecer” em quem votamos. Quatro anos após as eleições não lembramos os nomes dos deputados federal e estadual que ajudamos a eleger; muito menos dos senadores. Quando muito, lembramos em quem votamos para governador e presidente. E sabe por que isso acontece? Porque esquecemos de cobrar diariamente que estes candidatos depois de eleitos façam um trabalho honesto e prestem contas à sociedade que os elegeu.

Quantos de nós paramos para assistir os canais públicos da Câmara, Senado, Judiciário? Quantos assistimos às sessões plenárias? Quantos paramos para ler o material impresso de divulgação destes setores ou navegamos em seus sites? São estes os melhores canais de comunicação direta com os políticos e que nos dão base comparativa para apreciarmos os mandatos quando lemos nos jornais abertos, ouvimos rádio e assistimos os telejornais que criticam o trabalho de cada político.

Precisamos nos posicionar a todo o tempo. Bater à porta dos gabinetes e exigir que os representantes da sociedade façam política para a sociedade e não para umbigos. Temos que fazer ecoar nosso grito crítico de cobrança e a voz de agradecimento se for necessário. Não podemos nos calar, cruzar os braços e ficar passivos diante de promessas vãs.

Somos cidadãos; temos direito de escolha, mas precisamos fazê-la de forma balizada. Precisamos de argumentos capazes de nos posicionar diante ao cenário político. As eleições se aproximam. Vamos fazer seis escolhas: presidente, dois senadores, deputados federal e estadual, governador. Não podemos errar, afinal de contas delas dependem o nosso futuro coletivo.

“Não é digno de ter direitos quem não luta por eles”, já dizia o promotor de justiça Bernardo Boclin Borges, da comarca de Niquelândia, em Goiás. Mas para exigir direitos temos que ter argumentos capazes de sustentar nossas teses e provar que estamos aptos a eles.

Na última terça-feira (17), começou em todo país a propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão. É a chance que todos nós, brasileiros, temos de ouvir o que cada candidato tem a dizer para avaliar se merecem nosso voto. Assista aos programas, debata as propostas apresentadas com seus pares. Sugira, através de e-mails, cartas, conversas, comícios, etc., mudanças nos programas de cada candidato. Reúna-se com seus familiares, amigos, vizinhos e escolham, em conjunto, em quem votar. Afinal de contas, os candidatos precisam representar a sociedade e não apenas ele e você.

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