quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Brasil de Paz


Foge o século da Lua.
Escoam-se dois milênios
De santos, heróis e gênios
Com Cristo ensinando o amor;
Mas o ódio continua
E agarra-se ao chão da Terra,
No torvo dragão da guerra
Por monstro devorador.

A inteligência remoça
A idéia de liberdade,
Sem o poder a degrade,
Tombam mitos, caem reis.
No entanto, quando se esboça
A união de povo a povo,
Explode a guerra, de novo,
De novo quebrando as leis.

Desde Atenas se promove
Um mundo claro e perfeito;
Roma estatui o Direito,
Mas varrendo a floração
Da França de Oitenta e Nove,
Rugem na grande chacina
O terror, a guilhotina
E as batalhas da opressão.

Aos clarões da Nova Era,
Milhões de cérebros agem;
A ciência quer passagem
Para acender o porvir;
O Tempo ávido espera,
O atrito vibra no ar,
O mundo roga: - avançar!...
Clama a guerra: - destruir!...

Tanto progresso se espalha,
Agiganta- se a cultura,
E a Terra sofre, insegura,
No temor do próprio fim,
Contudo, sob a metralha,
Cristo, na luz que ele encerra,
Repete às nações da Terra:
-“Amai-vos e vinde a mim!...”

Espíritos Benfeitores
No Brasil, perante o mundo,
Tocados de amor profundo,
Retornam do Grande Além
E, entre ocultos resplendores,
Dissolvem taras primevas,
Rompendo os grilhões das trevas
Na forja viva do Bem!

Por isto, agora ante a luta
Que em fogo se reinicia,
Sonhando nova harmonia
Na fé que se nos refaz,
De pólo a pólo, se escuta,
Onde a voz dos Céus alcança,
Que o futuro da Esperança
Pertence ao Brasil da Paz!...


(Mensagem recebida por Chico Xavier, em reunião publica no
Centro Espírita União, na noite de 15 de Outubro de 1980, em São Paulo)

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